Quem era a costureira morta a tiros após reclamar de som alto em festa da vizinha em MG
Discussão por som alto termina em morte em São Gonçalo do Pará “Patrícia era como uma filha para mim. Uma super mãe, uma profissional incrível, e uma a...

Discussão por som alto termina em morte em São Gonçalo do Pará “Patrícia era como uma filha para mim. Uma super mãe, uma profissional incrível, e uma amiga para todas as horas. Era alegre, prestativa, enfrentava tantos problemas, mas nunca deixava de sorrir. Vai deixar um vazio enorme”. O relato é de Catarina Vieira, costureira e amiga íntima de Patrícia Ferreira, de 41 anos, assassinada no último sábado (19) após reclamar do volume do som de uma festa na casa vizinha, em São Gonçalo do Pará. O suspeito fugiu e é procurado. A identidade dele não foi divulgada. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp As duas trabalhavam juntas há quase uma década na mesma confecção da cidade. Segundo Catarina, Patrícia dividia a rotina entre o serviço, os cuidados com os filhos — seis biológicos e um adotivo — e ainda encontrava tempo para acolher os outros. “Ela desabafava comigo. Às vezes, eu pensava duas vezes antes de contar algo, porque ela era sempre muito prestativa, queria ajudar todo mundo”, contou. A cena da amiga caída na rua, coberta com um cobertor, marcou Catarina. “A cidade inteira ficou sem chão no sábado. Eu jamais queria ter presenciado aquilo”, disse, abalada. O presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de São Gonçalo do Pará, Márcio Aparecido Pereira, também lamentou a morte de Patrícia. “Sempre foi uma funcionária dedicada, uma mulher de fibra, honesta, muito comprometida com tudo. Foi uma fatalidade”, afirmou. Patrícia Ferreira Reprodução/Facebook LEIA TAMBÉM: Quem era a sargento Aldaíza Bernardes, morta em acidente na BR-262 a caminho do trabalho Relembre o caso O crime aconteceu por volta das 6h da manhã do último sábado (19). Segundo a Polícia Militar (PM), Patrícia havia passado a noite incomodada com o som alto vindo de uma festa em uma casa vizinha. Pela manhã, foi até o local acompanhada do filho de 12 anos para pedir que abaixassem o volume. No local, ela discutiu com duas mulheres e trocou agressões com uma delas. Durante a confusão, um homem que estava na festa saiu da casa, sacou uma arma e apontou para Patrícia. Ela teria reagido, dizendo: “Está me mostrando a arma? Atira em mim se você for homem, então”. O suspeito atirou, e Patrícia morreu na hora, na frente do filho. O menino tentou reanimar a mãe até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que apenas pôde constatar a morte no local. O caso é investigado pela Polícia Civil. Amigos de Patrícia reforçam que ela não foi até a casa vizinha em busca de confronto, mas apenas de paz e descanso. "Ela só queria silêncio. Estava com os filhos em casa, ninguém conseguia descansar. Era uma mulher batalhadora, muito trabalhadora, e precisava de um pouco de sossego. Minha amiga deixa um vazio imenso. Sinto muito por toda a família dela”, finalizou Catarina. VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas