Justiça condena três por ameaça à juíza que fechou comércio de Itajubá na pandemia

Fórum de Itajubá Reprodução Google Maps A Justiça condenou em primeira instância três homens a mais de dois anos de prisão por ameaça a uma juíza em I...

Justiça condena três por ameaça à juíza que fechou comércio de Itajubá na pandemia
Justiça condena três por ameaça à juíza que fechou comércio de Itajubá na pandemia (Foto: Reprodução)

Fórum de Itajubá Reprodução Google Maps A Justiça condenou em primeira instância três homens a mais de dois anos de prisão por ameaça a uma juíza em Itajubá (MG), durante a pandemia. A sentença é de julho, mas veio a público em setembro. 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram Os réus exerciam cargos de autoridade no serviço público de Itajubá: Adilson José Souza Silva - era comandante da Guarda Civil Municipal. Francisco Tomazoli Fonseca - ocupava o cargo de controlador geral do município. Renato Nascimento de Moraes - era vereador. Todos receberam a pena de 2 anos, 5 meses e 22 dias de reclusão e podem recorrer da condenação em liberdade. De acordo com a denúncia, eles "usaram de grave ameaça contra a juíza Letícia Drumond, com o fim de favorecer interesse próprio e alheio", em maio de 2020, quando havia determinação para o fechamento do comércio em decorrência da pandemia de Covid-19. Os réus teriam se organizado, trocado e enviado mensagens nas redes sociais e aplicativos de conversas em massa, com ofensas à juíza em virtude da sua decisão. “Enviaram sua fotografia e encaminharam mensagens de áudio agressivas, tudo com o fim de demonstrar insatisfação contra a decisão judicial, a qual tentavam reverter, a fim de que o comércio, igrejas e estabelecimentos pudessem funcionar normalmente", dizia o inquérito. Na época, houve manifestação na frente da casa da juíza e ela foi vítima de ameaças nas proximidades do Fórum. g1 esclarece fake news sobre vacina contra Covid-19 O que diz a defesa A defesa de Moraes disse que a condenação é totalmente indevida e que irá recorrer da decisão. “Não houve e jamais se tentou qualquer coação além dos limites democráticos de manifestação”, diz a nota do advogado. A defesa nega que houve ameaça ou violência ou que o ex-vereador tenha participado de manifestações em frente à casa da juíza. “A condenação é uma caça às bruxas, talvez até mesmo com objetivos direcionados a atingir indiretamente outras pessoas”, diz a defesa. A defesa de Fonseca diz que assumiu o caso a partir da sentença e que “irá apresentar ao Tribunal de Justiça, as razões de apelação, considerando entender que não há dolo ou sequer culpa do acusado, e que, o princípio da presunção de inocência se aplica ao caso. Que o acusado reafirma sua total inocência quanto às alegações da acusação”. A reportagem tenta contato com a defesa de Silva. ASSISTA: Veja os vídeos das reportagens do Sul de Minas Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas